segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Que Parva Que Eu Sou I - Introdução

Os Deolinda são um grupo de música que eu só conheci já eles estavam na ribalta há muito. Acho-lhes bastante piada, já fui a um concerto deles e possuo a sua discografia completa. Recentemente lançaram uma canção intitulada “Que Parva Que Eu Sou” que, segundo muita gente, “é o hino de uma geração”. Copio a letra e a uma ligação do Youtube para vocês. (Espero não estar a infringir direitos de autor)



Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar, 
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar, 
que mundo tão parvo 
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’, 
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar 
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar, 
que mundo tão parvo 
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’ 
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’ 
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo 
onde para ser escravo é preciso estudar.

Ora vamos lá pensar claro sobre esta problemática. A impressão que me fica da cantiga é que o grupo e a audiência crêem que existe uma “condição” envolvida em resignação associada a uma geração (desculpem a prosódia!!!) que se traduz em viver-se em casa dos pais até tarde, estagiar-se sem remuneração, empregabilidade precária e estudos sem compensação económica evidente. Há também quem lhe chame a geração “nem estuda nem trabalha”. 

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